A partida de um pai
A minha infância com Heleno foi muito boa. Ele colocava os filhos no colo, fazia cócegas e comprava uma cerveja sem álcool para tomar com a gente. Na adolescência, lembro de ter brigado com ele sem razão, porque desobedecia às suas ordens e ainda queria ter razão - levei alguns castigos merecidos. Depois, houve uma falta de companhia da minha parte, pois me dedicava a jogos, estudos e, depois de crente, à igreja. Vieram as brigas religiosas e quando eu pregava era sempre duro e ele ficava chateado comigo.
Uma vez, foi à igreja comigo, porque minha mãe pediu que ele me levasse e visse como era. No dia, ele viu apelos por ofertas e não por arrependimento. Orei uns dez anos por sua conversão, fiz votos e buscava não mais pregar em palavras, mas obedecer mais e dar exemplos. Ele sempre pedia que eu não chegasse tarde, porque zelava pela nossa proteção contra a violência. Queria me ver em um bom emprego.
Depois dos 70, fez o exame da próstata e constatou a necessidade de operação. No decorrer do tratamento, fez exames e foi descoberto um tumor no cérebro. Na época, ele já andava meio calado, não saía muito de casa, pensávamos que era depressão ou medo. Num dia destes, eu notei que algo nele doía e pedi que entregasse tudo nas mãos de Deus: saúde, família, futuro e chamasse Jesus para tomar conta de tudo. Ele fez comigo a oração e me deixou bastante tranquilo, pois agora começava a ouvir mais a Palavra e a resistir menos ao Evangelho.
Começaram os meses finais de sua vida, pois o médico não tinha dado esperança de cura e eu já tinha pedido a intercessão de centenas de irmãos. Mas não foi como eu esperava: ninguém foi impor as mãos sobre ele e curá-lo. Ele não foi à igreja ser batizado nem teve um ministério fora de casa. Na verdade, ele mais ouviu a mensagem de Cristo, fez algumas orações antes de dormir e conseguiu unir mais a família. Uma semana após seu aniversário de 73 anos, foi à UTI por insuficiência respiratória, onde ficou por mais 5 dias.
Deus me consolou em todo esse tempo, fazendo-me ver que ele me impediu de ir a outros lugares porque ele queria me fazer ver a promessa ser cumprida. Queria que eu cuidasse dele com minha mãe, ajudasse a dar-lhe de comer e a se vestir, como um dia deve ter feito por mim. Muitas coisas que ele precisou que lhe fizesse, precisei fazer por outros no meu trabalho seguinte. Minha mãe e minha avó receberam Jesus 1 semana depois, quando as irmãs da igreja vieram trazer uma palavra de consolação.
Hoje, guardo com carinho seus conselhos e não me vejo com o direito de desobedecê-lo em sua ausência, pois Deus permanece presente como antes, e por ele eu vivo. Ser pai é muito difícil, mas fazer o que lhe agrada traz uma satisfação muito boa quando ainda temos tempo. Que Deus nos ajude a honrar nossos pais, líderes e, acima de tudo, a Ele mesmo.
Uma vez, foi à igreja comigo, porque minha mãe pediu que ele me levasse e visse como era. No dia, ele viu apelos por ofertas e não por arrependimento. Orei uns dez anos por sua conversão, fiz votos e buscava não mais pregar em palavras, mas obedecer mais e dar exemplos. Ele sempre pedia que eu não chegasse tarde, porque zelava pela nossa proteção contra a violência. Queria me ver em um bom emprego.
Depois dos 70, fez o exame da próstata e constatou a necessidade de operação. No decorrer do tratamento, fez exames e foi descoberto um tumor no cérebro. Na época, ele já andava meio calado, não saía muito de casa, pensávamos que era depressão ou medo. Num dia destes, eu notei que algo nele doía e pedi que entregasse tudo nas mãos de Deus: saúde, família, futuro e chamasse Jesus para tomar conta de tudo. Ele fez comigo a oração e me deixou bastante tranquilo, pois agora começava a ouvir mais a Palavra e a resistir menos ao Evangelho.
Começaram os meses finais de sua vida, pois o médico não tinha dado esperança de cura e eu já tinha pedido a intercessão de centenas de irmãos. Mas não foi como eu esperava: ninguém foi impor as mãos sobre ele e curá-lo. Ele não foi à igreja ser batizado nem teve um ministério fora de casa. Na verdade, ele mais ouviu a mensagem de Cristo, fez algumas orações antes de dormir e conseguiu unir mais a família. Uma semana após seu aniversário de 73 anos, foi à UTI por insuficiência respiratória, onde ficou por mais 5 dias.
Deus me consolou em todo esse tempo, fazendo-me ver que ele me impediu de ir a outros lugares porque ele queria me fazer ver a promessa ser cumprida. Queria que eu cuidasse dele com minha mãe, ajudasse a dar-lhe de comer e a se vestir, como um dia deve ter feito por mim. Muitas coisas que ele precisou que lhe fizesse, precisei fazer por outros no meu trabalho seguinte. Minha mãe e minha avó receberam Jesus 1 semana depois, quando as irmãs da igreja vieram trazer uma palavra de consolação.
Hoje, guardo com carinho seus conselhos e não me vejo com o direito de desobedecê-lo em sua ausência, pois Deus permanece presente como antes, e por ele eu vivo. Ser pai é muito difícil, mas fazer o que lhe agrada traz uma satisfação muito boa quando ainda temos tempo. Que Deus nos ajude a honrar nossos pais, líderes e, acima de tudo, a Ele mesmo.
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